Pedir um aumento salarial é, de certo modo, checar se as minhas expectativas estão alinhadas com as do meu superior hierárquico. Se ele reconhecer (como eu) que o meu desempenho foi superior às expectativas, o aumento deve ser líquido e certo.

Entretanto, nem sempre é assim que funciona.

Uma aluna nos contou o seguinte: foi contratada por uma empresa para ser jornalista de um grupo empresarial de 1.000 funcionários. Sua função era elaborar o boletim informativo quinzenal dos empregados. Em seis meses, além de cuidar do boletim, ela reativou outras ferramentas de comunicação interna da empresa (o que gerou grande estímulo aos funcionários); utilizou esse mecanismo para integrar equipes de adolescentes em situação de vulnerabilidade para um projeto social da empresa; redigiu um livro comemorativo da fundação da corporação e realizou ainda outros serviços relevantes.

Com base nessas realizações, solicitou mudança de cargo com vista a melhores condições financeiras e de carreira. O pedido demorou seis meses para ser respondido sem qualquer  sinal de validação, quando então ela já estava saindo da empresa.

Conversar sobre pedido de aumento é sempre delicado e deixa o interessado em situação prévia de estresse. A meta envolve, na maior parte das vezes, questões emocionais, pensamentos depreciativos e dados reais da empresa e humores do chefe.

E… chefe…é chefe.

Para tanto, é importante estar sensível ao ambiente e preparar-se para a melhor abordagem. O que isso significa: sintonizar-se com o momento que a empresa atravessa e calibrar-se com as reações do chefe.

Antes de conversar com seu superior, vale prestar atenção na situação da empresa e no seu desempenho. O momento econômico da empresa é adequado? Você é o único da equipe que está insatisfeito com salário (cuidado para não acabar virando inocentemente o “porta-voz” de um grupo)? Você tem correspondido ou até mesmo superado expectativas? Há quanto tempo não acontece reajustes?  Seu salário é compatível com a oferta e procura do mercado?

É sempre bom ter dados concretos.

Sentado de frente ao chefe, na hora da grande conversa, tente ver as coisas com os olhos dele. Coloque-se por instantes no lugar do outro. Use exemplos que façam sentido para ele e lembre-se de Rapport, técnica de aproximação de estilo da outra pessoa: procure igualar-se corporalmente, com gestos, postura, e até tom de voz.

Evite rebater opiniões; reconheça dificuldades apenas como estratégia de boa comunicação, mas continue firme em seu propósito. E lembre-se que senso de humor, se bem colocado, é um grande aliado.

Evite argumentos como “fulano recebeu aumento, então também mereço”, ou “as pessoas que exercem minha função na empresa concorrente ganham mais que eu”, e ainda “quero aumento porque sou pontual e faço tudo que me é exigido”. Não cite proteções ou injustiças. Lembre-se que postura e boa apresentação fazem parte do pacote. Cuide-se.

Seja assertivo, objetivo, tenha argumentação sólida. Foque nos benefícios que você traz para a empresa. Em algum momento mencione aspectos motivadores advindos de reconhecimentos dos superiores.

Prepare sua autoestima. Repita internamente aspectos e competências que você sabe que tem; capacidade de lidar com sua área. Nutra-se com lembranças profissionais positivas. Sinta-se adequado e merecedor. Mantenha sentimentos de sucesso bem próximos.

Isso porque aquilo que leva você é de alguma forma emanado, o outro consegue perceber. Lembrei da situação de uma hoje juíza que, quando se preparava para o concurso, repetia todo o tempo que os doutores na banca “estavam muito bem impressionados comigo; gostaram de mim”, ainda antes do concurso. Isso gera bom estado de ânimo, o que nunca é demais.

E, talvez o mais importante: seja você. Lembre-se que frases feitas e estilo copiado necessitam de congruência, e que não existe um modelo perfeito. O melhor jeito de pedir e garantir esse aumento merecido é o seu jeito. E sucesso!

Por: Ana Maria Ferraz de Campos

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