Você sabe quem são os “criativos culturais”? Descubra neste artigo quem são estas pessoas que estão criando uma nova cultura de inovação.

por Arline Davis

No mundo todo, há um grupo de pessoas que está se erguendo e se encontrando, começando a participar da moldagem de um novo mundo. Este grupo se sente atraído a movimentos sociais e ecológicos e dá uma grande importância ao auto-desenvolvimento e à espiritualidade. São consumidores diferentes, buscam experiências mais do que objetos materiais. Querem saber das histórias por trás das histórias, a visão global e não “clippings” das manchetes.

Anseiam por comunidade e relacionamento num mundo que ainda precisa ser criado. Não são a maioria, mas são um número significativo, 25% da sociedade americana e europeia, segundo o sociólogo Paul Ray e a psicóloga Sherry Anderson no seu livro, “The Cultural Creatives”.

E por um compromisso com a autenticidade, que mobiliza ações coerentes com suas convicções profundas, terão força o suficiente para direcionar rumos da evolução da sociedade.

As diferentes correntes em nosso tempo

Atualmente, podemos dizer que há três grandes correntes em nossa sociedade: os modernistas, os tradicionalistas e os criativos culturais.

O modernista está vivendo no mundo, aceitando a direção que estamos indo, olhando para o futuro. Dão muito valor ao sucesso pessoal, consumismo e racionalidade tecnológica.

O tradicionalista lamenta que o mundo moderno esteja nos levando longe de valores tradicionais; está com uma nostalgia de outros tempos e está saudoso de um passado que não poderá voltar.

O criativo cultural não quer perpetuar este mundo moderno e olha para um futuro que ainda precisa ser criado. O sucesso individualista dá lugar à realização para a humanidade. Estas pessoas dão muito valor ao dom que cada ser humano possui e são mais altruístas do que a média. São holísticas por natureza e por hábitos pessoais.

Quem são os criativos culturais?

Essas pessoas são chamadas de criativos culturais porque estão, literalmente, criando uma nova cultura, inovação por inovação, moldando-a para este novo século. Sua atuação vai a favor de avanços em tecnologias sustentáveis, formas de negócios, práticas sociais, abordagens de transformação pessoal e mais. Tipicamente, não perseguem um ideal só, mas cultivam uma visão de mundo que abrange uma grande extensão de valores novos, em várias áreas, simultaneamente.

O ‘criativo’ do nome sugere o caminho que essas pessoas estão usando para realizar seus projetos de vida. Enquanto, nesta era, nossos desafios maiores são de preservar e sustentar a vida no planeta e superar as carências psicológicas e espirituais frequentemente associadas à vida moderna, os criativos culturais estão respondendo à altura desses desafios com soluções que vêm ao encontro de cura e integração.

A adaptação dos criativos culturais ao mundo

Não é tão fácil trilhar o caminho do criativo cultural – ele pode se sentir sozinho, diferente, desconectado do contexto ao seu redor. Muitas vezes, não conversa com seu próximo sobre os seus valores, pois nem imagina que existam tantos outros tão parecidos com ele. Talvez seja o único da sua família, o estranho no ninho. Ele tipicamente experimenta um senso de necessidade de desprender-se de algo e até se lança sem conhecimento exato para onde vai na sua jornada.

Se chegar a iniciar essa jornada, passa por fases:

1) A partida, em que se despede do mundo que não lhe faz sentido;
2) Encontrando o caminho, uma vez tendo partido, o criativo cultural dá passos para se encontrar;
3) Confrontando os críticos, inclusive os críticos internos (de si mesmo)
4) Por fim, a transformação dos valores novos em uma maneira de ser.

O criativo cultural é uma pessoa que merece encontrar “sua tribo”, ter um lugar onde pode ser ouvido, acalentar projetos importantes de vida, fazer aflorar suas intuições sobre como solucionar problemas atuais para si mesmo e para o mundo.

Certamente, já viveu experiências fortes de vida que o lançaram nesta busca e provavelmente tem algumas perguntas ardentes que incomodam, que inspiram uma investigação de possibilidades, sem se deixar derrotar por desesperança.

Com uma visão da importância de sua contribuição, pode acreditar que vale à pena investir em si mesmo, pois se é um agente de mudança, assim é entre vários que aguardam companheiros para chegarem a ter a força total desta nova cultura.

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