Será que você entende qual a real importância de prestar atenção à sua comunicação? Entenda como os processos internos e externos de comunicação funcionam e como desenvolver essa habilidade poderosa de uma maneira altamente eficaz com a ajuda da Programação Neurolinguística.

Comunicação nada mais é a habilidade de transferir suas ideias, pensamentos, opiniões e ensinamentos de maneira que aquele que recebe tais informações, compreenda e responda, ou seja, a habilidade de passar todo tipo de mensagem adiante de maneira compreensível.

Contudo, a importância da comunicação vai muito além disso. Nos dias atuais aquele que possui essa habilidade tem o verdadeiro poder nas mãos.

Isso acontece porque, como diz uma das principais premissas da Programação Neurolinguística (PNL), é impossível não se comunicar.

A verdade é que até calados estamos passando alguma informação e por isso existem conceitos como a comunicação não verbal, por exemplo.

Então, ainda que você não se interesse muito pelo assunto, aqueles que dominam a habilidade de passar as informações certas, para as pessoas certas, com a tonalidade certa, com as palavras certas, têm infinitas possibilidades e resultados.

Isso acontece porque bons comunicadores são capazes de, por exemplo:

  • passar suas ideias adiante de maneira eficaz;
  • apaziguar brigas;
  • resolver problemas de maneira inteligente e respeitosa;
  • guiar e influenciar até mesmo multidões;
  • motivar e engajar;
  • sabem elogiar as coisas boas
  • têm destreza para apontar as coisas mais desafiadoras.

Então, não é à toa que bons líderes incentivam até as mais desanimadas das equipes a bater suas metas; que bons mestres ensinam de maneira prática e didática até os conceitos mais complexos e abstratos; e que bons pais educam e direcionam seus filhos por meio da conversa e didática, não da violência;

Esse é o poder que se tem nas mãos quando aprendemos a nos comunicar com eficiência.

Portanto, para entender melhor sobre o assunto e aprender como desenvolver essa habilidade, continue lendo!

O que é comunicação


“O significado da comunicação é a resposta que se obtém.”


Conforme um dos princípios da PNL, a comunicação tem a ver com a resposta que obtemos ao passar uma informação adiante.

Quando você conversa com alguém, faz uma reunião de trabalho, tem uma discussão com seu cônjuge, qual a resposta que você obtém normalmente?

Por exemplo, as pessoas compreendem o que você diz ou você vive em “maus entendidos”?

Questionar isso é o primeiro passo para averiguar a qualidade de sua comunicação.

Em outras palavras, comunicação não se trata apenas de falar com os outros, trata-se também da qualidade com que você fala consigo mesmo.

E é de suma importância compreender isso. Então vamos lá.

Os tipos de comunicação

imagem ilustrativa

Já entendemos que a comunicação é a capacidade de passar informações adiante.

Todavia, isso pode acontecer de duas formas: interna e externamente.

Portanto, existem dois tipos, que são:

  • Comunicação externa: capacidade de falar com os outros;
  • Comunicação interna: capacidade de falar consigo mesmo.

Vamos ver cada uma delas.

Comunicação externa


“Bons comunicadores vendem suas ideias até para os mais céticos.”


Para começar a falar da comunicação externa, vamos fazer um exercício mental.

Reflita e imagine isso por alguns instantes…

Como seria sua vida se você pudesse se comunicar de maneira clara, direta e convincente com a pessoa que você tem mais atrito!?

Talvez essa pessoa seja seu chefe, alguém da sua própria equipe de trabalho, seus funcionários, clientes em potencial, seus filhos, sua esposa ou seu marido… não importa.

  • Quais problemas isso poderia resolver?
  • Como isso poderia mudar sua vida?
  • Quais avanços, acordos, negócios, ideias e boas experiências você poderia conquistar por falar a mesma língua dessas pessoas?

Seria incrível, não é mesmo? Esse é um dos maiores benefícios de possuir a habilidade de se comunicar.

A comunicação externa ou interpessoal, nada mais é que a habilidade de passar as informações de uma pessoa para outra ou outras pessoas claramente.

Nesse face da comunicação sempre existem dois polos: o polo que fala (o emissor ou locutor) e o polo que escuta (receptor ou interlocutor).

1. Locutor ou emissor


“Quando um fala, o outro escuta.”


O emissor ou locutor é aquele que emite uma informação.

Nesse sentido, é importante frisar que, para que a comunicação ocorra devidamente, sem ruídos, deve existir apenas um emissor de informação por vez.

Pense em uma sala de reunião com dez pessoas e imagine a seguinte cena: as dez pessoas falando e gesticulando ao mesmo tempo.

Será que é possível que a comunicação seja clara e objetiva e que haja uma resposta de compreensão entre essas pessoas?

Segundo a física como a conhecemos, é impossível dois corpos habitarem no mesmo espaço ao mesmo tempo.

Analogamente,  isso quer dizer que, ou você está emitindo informações ou está recebendo informações.

Querer burlar essa regra é uma excelente maneira de gerar desentendimentos, discussões e até brigas.

Então, na comunicação externa, a regra básica do bom senso, respeito e escuta são imprescindíveis para que haja uma comunicação efetiva.

2. Interlocutor ou receptor

O interlocutor ou receptor é, como o nome já deixa subentendido, aquele que recebe as informações.

Diferente do emissor, a parte que ouve pode ser caracterizada até por uma multidão — simplesmente não existe limite.

Além desses dois polos, é preciso que haja um terceiro elemento para que a comunicação externa ocorra: compreensão.

3. Compreensão


“A ponte que liga a informação com a mente do interlocutor.”


A compreensão, portanto, é o que liga a fala do locutor com a compreensão do interlocutor. A verdade é que não basta apenas que alguém simplesmente fale e que outro alguém simplesmente escute.

Para que a comunicação ocorra, é preciso que esses dois polos falem a mesma língua e compreendam um ao outro.

Dessa forma, se Maria fala “A” e Pedro entende “B” (ou simplesmente não entende nada ou entende o oposto do que Maria quis dizer), o que ocorreu foi um ruído, impedindo que ambos compreendessem um ao outro.

Existem muitas coisas que podem causar esses ruídos. Desde a tonalidade de voz até a expressão corporal. Mais à frente veremos mais sobre isso, então continue lendo!

Comunicação Interna


“O poder de comandar a própria vida.”


Já a comunicação interna é o poder da autocomunicação. Ou seja, comunicar-se consigo mesmo é uma das habilidades mais importantes que devemos investir.

Isso porque, quando falamos com o outro, não temos controle dos efeitos que as informações que estamos passando podem causar.

Por melhor que seja a nossa intenção, por mais digna que seja a mensagem, ainda assim, sempre existirão pessoas diferentes, que pensam diferente, com óticas e percepções de mundo distintas, que discordarão do nosso ponto de vista e opinião.

E isso é absolutamente normal e até mesmo saudável.

Assim, só você tem controle quando se trata de autocomunicação, isto é, sobre ela você pode obter exatamente os efeitos que deseja.

Em suma, só você é capaz de convencer a si mesmo, de penetrar no mais profundo de sua mente, compreender e utilizar as informações que você obteve por meio de toda a sua vida para benefício próprio.

Pessoas que desenvolveram e treinaram a autocomunicação, costumam:

  • gerenciar suas próprias emoções de maneira mais natural;
  • desenvolvem inteligência emocional de maneira mais rápida;
  • evitam processos ansiosos causados por pensamentos negativos ou crenças negativas;
  • conseguem traçar estratégias mentais de maneira mais rápida e efetiva;
  • E muito mais…

Portanto, a qualidade da própria comunicação externa depende muito da qualidade da sua comunicação interna.

Então se você comunica para si mesmo que é incapaz, provavelmente o que você passa para os outros é a insegurança.

Toda comunicação externa bem sucedida começa com a capacidade de comunicar-se com o próprio “eu” interior, de acalmá-lo, de incentivá-lo, alertá-lo e assim por diante.

Compreender e respeitar o próprio feeling, se conhecer muito bem, saber os próprios limites. Todas essas coisas fazem parte da qualidade de sua comunicação interna.

E para saber se está dando certo, é só observar quais resultados você tem obtido com a sua comunicação.

Não sabe como fazer isso?

Continue lendo, porque a PNL é uma ferramenta indispensável para aqueles que entendem a importância da comunicação efetiva e realmente querem evoluí-la!

A comunicação na PNL

imagem ilustrativa

A Programação Neurolinguística nada mais é do que utilizar a linguagem do cérebro para se obter um resultado. 

Por esse motivo, falar consigo mesmo e com os outros não é apenas uma habilidade possível de desenvolver, como também indispensável para o nosso sucesso pessoal e profissional.

Como a PNL se trata de comunicação, com sua ajuda é possível aprimorar tanto a sua comunicação interna quanto a externa.

Vamos começar e entender mais sobre isso.

Breve história da Programação Neurolinguística

Tudo começou na década de 70, com Richard Bandler e John Grinder.

Eles modelaram as estratégias de excelentes comunicadores e detectaram elementos específicos (veremos mais à frente sobre eles) que essas pessoas usavam em sua comunicação.

Esses elementos fizeram toda a diferença na maneira como essas pessoas se comunicavam, gerando resultados surpreendentes, chamando atenção dos estudiosos.

Dessa forma, Richard e John ampliaram os modelos tradicionais de comunicação, explorando com mais profundidade o processo interno que ocorre quando estamos nos comunicando com os outros.

O resultado disso foi o início do estudo da estrutura da experiência subjetiva.

Para saber mais 

>> leia esse artigo sobre as origens da PNL 

Qual é a estrutura da experiência subjetiva?

E para falar de comunicação e PNL, é preciso falar da estrutura da experiência subjetiva. O nome pode parecer complexo, mas na verdade é um conceito bastante simples.

A estrutura da experiência subjetiva nada mais é do que a maneira como lemos e compreendemos o mundo por meio da nossa experiência pessoal.

Ou seja, é certo que cada ser humano possui uma maneira de enxergar o mundo de forma diferente, levando em consideração muitas coisas, como:

  • nossa cultura;
  • nossos meios de convivência;
  • nossa história e;
  • nossa experiência pessoal.

Com a compreensão que cada ser humano enxerga o mundo e a vida de maneira distinta surge o conceito de um dos principais pressupostos da PNL: o mapa não é território.

Assim, esse princípio norteador direciona o estudo da comunicação e é fundamental para nossa compreensão do assunto.

Então vamos falar sobre ele.

Conceito de “O Mapa não é o território”

Esse é um dos principais pressupostos da PNL e para compreender como ele influencia nos modelos de comunicação, confira o infográfico abaixo:

infográfico - acontece internamente quando nos comunicamos

Para aumentar nossa compreensão do que acontece internamente quando nos comunicamos conosco ou com os outros, é muito importante compreender esse processo interno.

Só para ilustrar, o modelo acima demonstra justamente isso.

Ele nos leva além dos modelos tradicionais que simplesmente examinam as noções de codificação e decodificação e a interferência ou ruído, que podem intervir para distorcer esses processos.

No conceito de “mapa não é território”, consideramos as maneiras pelas quais cada um de nós individualmente ‘filtramos’ as informações que nos chegam do mundo exterior para criar nossos próprios ‘mapas’ internos do ‘território’ em que operamos.

De certa forma, esse modelo “mapeia” nosso ruído interno — que são aquelas coisas que interferem  em nossa comunicação com as pessoas.

Para que, se tivermos a sutileza de identificar quais são esses ruídos nos outros e em nós mesmos, poderemos aprender a ouvir, ler e a falar a mesma linguagem daquela pessoa.

E isso torna a comunicação muito eficaz. É interessante notar que isso é algo que já fazemos, mais ou menos bem, quando nos comunicamos.

Contudo, em geral, fazemos isso inconscientemente.

Trazendo esse conhecimento para a consciência, você descobrirá que esse modelo pode melhorar significativamente suas habilidades de comunicação e levando-o a atingir seus objetivos com mais eficiência e elegância.

Linguagem: qual o processo da comunicação?

imagem ilustrativa dos neurônios

Primeiramente, vamos entender o que acontece internamente quando nos comunicamos, vamos distinguir os elementos componentes desse modelo.

1º – Recebendo as informações

Todos nós experimentamos um fluxo contínuo de informações que chegam até nós do mundo externo por meio dos sentidos.

Assim, assistimos televisão, ouvimos as notícias, navegamos pela internet e isso tudo nos causa uma sensação.

2º – Filtrando as informações

Dessa forma, nossos corpos e cérebros são programados para organizar toda essa avalanche de informações.

Eles armazenam esses conteúdos em diferentes lugares, por meio de um conjunto de processos internos que filtram e classificam essas informações de maneiras diferentes.

Nossos filtros são próprios e particulares. Cada ser humano é único nesse sentido.

De fato, esses filtros são aprimorados por nossa experiência pessoal e, em grande medida, pela experiência que pessoas significativas em nossas vidas nos apresentou ou apresenta – como nossos pais, parentes em geral, professores e assim por diante.

Como resultado, esses filtros surgem naturalmente e estão relacionados com nossas crenças, valores, cultura, educação e vão desde o que é consciente até o que ocorre no nível inconsciente.

Então, quando vemos uma pessoa de branco já deduzimos que é um profissional da saúde, quando na verdade pode se tratar simplesmente de uma pessoa que gosta de usar branco.

Padrões de linguagem

Nossos padrões de linguagem são resultado dos filtros mais conscientes – de acordo com o filósofo Wittgenstein, a linguagem que usamos “espelha” nosso mapa ou mundo interno e como tal, necessariamente limita nossa individualidade ou áreas inteiras de nossa experiência.

Isto é, se julgarmos que todas as pessoas que usam branco são profissionais da saúde, de certa maneira estaremos nos limitando, porque essa simplesmente não é a realidade. Algumas pessoas gostam de usar branco e pronto.

Sendo assim, os padrões de modelos de linguagem que mais se destacam, são:

  • Generalização: nada mais é do que tornar alguma coisa muito ampla, por exemplo “Sempre me deparo com esse tipo de situação.”
  • Omissão: deixar de mencionar alguma informação, “Eles não dizem a verdade.”
  • Distorção: alterar informações que não são realidade, como essa afirmação “Meu chefe não me elogia, ele não gosta de mim.” 

infográfico

3º – Respondendo às informações

Após essas duas etapas — a entrada de informação por meio dos nossos sentidos e o processamento interno de acordo com nossos filtros — exprimimos a resposta de forma verbal, mais comum, e não verbal com as posturas e gestos.

Desenvolver um sistema interno eficaz para operar nesse mundo, e tomar consciência da nossa ‘programação’ individual é o que significa melhorar a comunicação com ajuda da PNL. 

Isso porque, a PNL trata do desenvolvimento do nosso uso da linguagem verbal e não verbal para garantir que as palavras ou posturas que escolhemos correspondam aos padrões de linguagem (nossos e dos outros).

Assim, essa correspondência nos permite ser congruentes e, consequentemente, nos ajuda a construir um relacionamento mais próximo, estabelecendo uma comunicação mais assertiva com a pessoa ou pessoas com quem estamos lidando.

A importância de compreender como a comunicação funciona 

Dessa maneira, nossa atitude em relação à vida em geral funciona como um filtro robusto.

É a síndrome do “copo meio cheio ou meio vazio” que faz a diferença aqui. Nossas decisões passadas e memórias de eventos anteriores funcionam da mesma maneira.

Se aquilo com que nos deparamos se assemelha a algo que já experimentamos antes, é provável que nós já tenhamos desenvolvido estratégias de resposta que refletem essa experiência original – seja ela positiva ou negativa.

Logo, continuando no exemplo da cor da roupa, se nunca vimos ninguém usar branco porque gosta, mas todo dia passamos em frente a um hospital e vemos pessoas vestidas de branco, faz sentido nossos filtros entenderem e processarem a informação como “profissionais da saúde” e não “aquela pessoa gosta de roupa branca”.

Metaprogramas

imagem ilustrativa - desligar a mente

No nível mais inconsciente, encontramos os metaprogramas.

Fazendo uma analogia com a computação, nossos metaprogramas são como softwares —padrões sistemáticos enraizados e que estão por trás da nossa motivação.

Assim sendo, esses “softwares” que temos dentro de nós são o que determinam a maneira como vamos nos comportar e reagir diante dos acontecimentos do dia a dia.

Os primeiros metaprogramas que conhecemos são os de prazer e dor, isto é, normalmente vamos em direção ao que sentimos prazer (alegria, felicidade, graça, amor) e nos afastamos da dor (amargura, ressentimento, ódio) .

Por isso nós gostamos de quem nos faz rir e preferimos distância de quem nos faz chorar — lembrando, que não existe certo ou errado.

O que isso tem a ver com comunicação? Bom, na verdade tem tudo a ver.

Isso porque a compreensão dos metaprogramas é muito importante para ajudá-lo a entender não apenas o que está por trás de determinadas atitudes e reações, como também a maneira como você se comunica ou deixa de se comunicar consigo mesmo e com os outros.

Sendo assim, eles geralmente funcionam tão bem para nós que raramente os questionamos, na verdade nem os conhecemos de tão arraigados que estão.

Padrões comuns de metaprogramas na comunicação

Dessa forma, observar e descobrir quais são os nossos metaprogramas e os metaprogramas das outras pessoas é uma excelente maneira de aprimorar as habilidades e conseguir uma comunicação mais efetiva.

Então, veja abaixo algumas  características de motivação e perceba quais podem estar em destaque frente à uma comunicação com seu interlocutor ou consigo mesmo.

  • Ir em Direção a ou Afastando-se de 

Imagine que você tem uma reunião importante para tratar de um assunto delicado.

Qual o seu comportamento mais comum: você pensa nas soluções prováveis para melhor lidar com essa situação ou você pensa apenas no problema a ser discutido na reunião?

Ou quando você está numa discussão de relacionamento, você costuma levantar soluções para resolver o conflito ou foca no conflito e nas coisas que não deram certo?

Se você sempre procura soluções, sua comunicação costumará ter como foco a resolução. Contudo, se você apenas se afasta, sua comunicação poderá se tornar mais intolerante e fechada.

  • Nível de atividade Proativo (age) ou reativo (reage) 

Imagine que você é gerente de projetos e precisa falar com pessoas, acompanhar etapas e resolver uma infinidade de coisas.

O que aconteceria se você ficasse esperando que as pessoas te contatassem, te dessem feedback, que as urgências se resolvessem sozinhas? Seria complicado, não é mesmo?

As pessoas proativas preferem tomar a iniciativa.

As pessoas reativas, preferem que os outros tomem as decisões por elas.

Isso não é ruim ou bom, contudo, entender o seu padrão de comunicação, nesse sentido, te ajudará a usá-los nos momentos necessários.

Então você pode até preferir ficar calado em uma reunião, mas se for um mediador, por exemplo, precisará adquirir uma postura mais proativa.

  • Por semelhanças ou diferenças

Você presta atenção em como as coisas são iguais ou como elas são diferentes?

Por exemplo, em uma conversa, você presta atenção às ideias em comum com a outra pessoa ou foca somente naquilo que é discordante?

Você se abre para pensamentos diferentes dos seus ou se fecha para eles?

Pessoas que prestam mais atenção às semelhanças, podem acabar preferindo conversas com outras que tenham mais compatibilidade de ideias.

Pessoas que prestam mais atenção às diferenças, talvez consigam se comunicar melhor com aqueles que possuem ideias diversas e assim por diante.

Desse modo, bons comunicadores sabem reconhecer seus próprios padrões de metaprogramas e os de outras pessoas e podem usá-los para motivar outras pessoas e estimular uma boa tomada de decisões.

Valores e crenças

imagem ilustrativa - impossível

Com isto posto, não podemos deixar de falar dos valores e crenças.

Valores e crenças é tudo aquilo que assumimos como verdade em nossas vidas, por meio da nossa experiência pessoal, cultura familiar, contexto histórico em que vivemos, entre outros.

Sendo assim, eles funcionam em uma parte mais subconsciente da nossa mente, fazem parte dos metaprogramas e são como raízes que integram a construção de quem nós somos.

Dessa maneira, eles se revelam inesperadamente, em momentos apropriados – ou não — como impulsos e podem nos levar a adquirir hábitos e comportamentos indesejados (ou não), como reações de raiva, medo, ansiedade, felicidade, segurança, entre outros.

Então se você já passou por uma situação em que sentiu, pensou ou falou algo do qual você mesmo não entendeu, muito provavelmente tem a ver com seus valores e suas crenças enraizados.

E para saber quais são nossas crenças e valores, o autoconhecimento é imprescindível.

Os efeitos da comunicação interna no corpo

Uma vez que as informações externas tenham passado por esses filtros – geralmente em nanossegundos – o cérebro cria uma forma de representação interna, uma imagem, uma sensação ou um som.

Isso ajudará a criar um ‘estado de espírito’ em resposta à entrada original da informação, que se traduzirá instantaneamente em uma resposta fisiológica observável.

Então, por exemplo, se a representação interna que você criou é geralmente negativa, seu estado interno se moverá para a negatividade e seu corpo mudará fisiologicamente.

Nesse processo, podem surgir as tensões musculares, bruxismo, dores crônicas como enxaqueca e fibromialgia.

E desse conjunto de respostas surgirá um determinado comportamento. Ou seja, você pode brigar ou sorrir para a outra pessoa, sair correndo da sala batendo a porta, dar um grande abraço de boas-vindas em alguém, ou qualquer outra coisa que vier à sua mente.

Acuidade sensorial na comunicação

infográfico

Por esse motivo é importante desenvolver a sua acuidade sensorial — que é a capacidade desenvolvida pela consciência de observar e perceber o ambiente por meio dos sentidos.

Embora cada um de nós seja tecnicamente capaz de criar representações internas em qualquer um dos sistemas sensoriais — visual, auditivo ou cinestésico (paladar, olfato e sensação) — a maioria de nós “funciona” principalmente em um ou dois desses canais com bastante exclusividade.

Por exemplo, alguns preferem ler um livro a ouvir um audiobook.

Por isso, bons comunicadores são mais flexíveis do que a maioria das pessoas e têm a capacidade de alternar entre esses sistemas representacionais à vontade.

Eles podem identificar muito rapidamente em qual desses sistemas sensoriais o outro está operando e adaptar sua comunicação, garantindo melhores resultados.

Como desenvolver sua acuidade sensorial

E para treinar essa habilidade basta prestar atenção ao seu interlocutor, ter respeito a ele. A escuta ativa é imprescindível para isso.

Assim, se você estiver em alguma interação não muito boa, em vez de reagir negativamente àquilo que está sendo dito, respire, preste atenção, perceba a linguagem corporal e as palavras e o tom que a pessoa está utilizando.

Por exemplo, se o seu interlocutor está fazendo afirmações com elementos que remetem ao canal visual, como:

  • “Você não viu o que você fez.”
  • “Isto está claro para você?”

Ou usando o canal cinestésico, como:

  • “Fique à vontade para expressar sua opinião.”
  • “Como você está se sentindo?”

Ou ainda no canal auditivo:

  • “Gostaria de anunciar novas medidas para nossa empresa.”
  • “Você ouviu isso?”

Responda no mesmo canal utilizando palavras específicas.

Exemplos de palavras em cada canal.

Veja alguns exemplos de palavras para serem utilizadas.

No canal visual:

  • ver, olhar, bonito, brilhante, claro, entre outras;

No canal cinestésico:

  • sentir, pegar, à vontade, bonito, agradável etc.;

No canal auditivo:

  • ouvir, soar, harmonia, sintonia, volume etc.

Na dúvida, você também pode responder usando palavras inespecíficas que atendem os três canais:

  • perceber, aprender, entender, intuição, organização etc.

Habilidade de Comunicação: como fazer a diferença na prática

Para fazer uma diferença real em suas habilidades de comunicação, aprenda a ler, ouvir e interpretar todos esses sinais:

  • Observe as mudanças fisiológicas;
  • Observe o comportamento;
  • Ouça os padrões de linguagem em busca de pistas sobre os Mapas dos outros;
  • Sinta e veja o que está acontecendo do ponto de vista deles.

E, tendo “observado” todas essas coisas, use as mesmas habilidades para experimentar uma maior flexibilidade em seu comportamento.

Ou seja, utilize os mesmos padrões dos outros, fale a língua deles.

Nesse momento, você pode até pensar que é “difícil”, mas ao tentar você será flexível o suficiente para obter uma resposta diferente do que sempre obteve.

Use as impressões que coletou para apresentar seus argumentos, suas ideias ou sugestões, garantir clareza, assertividade e alcançar a resposta que você deseja: a compreensão.

Então — e só então — quando você estiver totalmente “em harmonia” com o seu interlocutor, ou seja, falando a língua deles, no mapa deles, usando os “predicados” certos para responder às dicas comportamentais que eles lhe dão e empregando seus metaprogramas, você pode dizer que está verdadeiramente tendo uma comunicação mais eficiente e assertiva.

Como desenvolver uma comunicação mais flexível?

imagem ilustrativa do curso de um rio

Assim sendo, ter uma comunicação verdadeiramente flexível é ter consciência das opções que temos para as tomadas de decisões e estarmos abertos para novas ideias e novas formas de passar as mesmas informações.

É claro que só podemos realmente nos beneficiar ao nos darmos mais flexibilidade e escolha quando sabemos que resultado específico queremos alcançar.

Portanto, ter flexibilidade significa fazer isso com nosso pensamento e com nossos comportamentos.

Estar disposto e aberto para ser mais flexível na vida pode abrir novas portas e nos dar novas oportunidades que talvez não considerássemos possíveis para nós.

Para muitas pessoas, sentir-se seguro e confortável significa que, ser flexível e estar disposto a mudar, pode parecer uma coisa assustadora ou desafiadora para fazer.

Reconhecer que, uma vez que saímos de nossa zona de conforto, abre oportunidades de escolhas e opções que não existiriam de outra forma e coloca o que temíamos em perspectiva para que se torne mais fácil de ser resolvido, é libertador.

Em vista disso, a chave para começar a desenvolver essa flexibilidade na sua comunicação e mudar padrões antigos é começar com algo pequeno e gerenciável primeiro, como por exemplo, se você for mais visual, passar um dia se comunicando no canal auditivo — ou vice-versa.


“Se você continuar fazendo o que sempre fez, terá os mesmos resultados.”


Conclusão

Agora que você aprendeu uma nova maneira para ter uma comunicação mais eficiente, pode começar utilizar alguns recursos da PNL que são:

  • Identificar o seu objetivo com a interação;
  • Prestar atenção ao Mapa e aos sistemas representacionais e os sentidos do seu interlocutor;
  • Ter flexibilidade;
  • Estabelecer e manter um relacionamento positivo com as pessoas ao seu redor.

Assim, esse entendimento leva a muitos fatores positivos, incluindo o aumento da confiança interna e autoestima ao se comunicar com outras pessoas.

Você irá descobrir o caminho para gerar mudanças efetivas em sua comunicação, permitindo que construa uma identidade mais congruente e alinhada com a vida que você deseja viver.

Esse é o poder da comunicação.

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